Vozes de Mariana e Brumadinho: A História de Uma Dívida que Nenhuma Indenização Quita

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37497/revistacejur.v10i1.372

Palavras-chave:

Direito Ambiental, Barragem de rejeitos, Responsabilidade civil ambiental do Estado, Desastres ambientais

Resumo

Objetivo: Este estudo visa analisar a responsabilidade civil ambiental do Estado e sua eficácia, frente aos desastres ambientais ocorridos no Brasil, decorrentes da ruptura das barragens de rejeitos da Vale do Rio Doce, em Mariana (2015) e Brumadinho (2019).

Método: Adotou-se o método hipotético-dedutivo, auxiliado pela pesquisa bibliográfica, como meio de apresentar uma crítica reflexiva do problema.

Relevância: A responsabilidade objetiva centra-se na necessidade primordial do Estado em reparar o dano, independentemente da culpa ou dolo de seus agentes. Assim, a responsabilidade objetiva distingue-se da responsabilidade subjetiva, pois não exige que a vítima comprove a culpa ou dolo do agente. Tal característica decorre do grande risco dos serviços públicos que, dada sua magnitude para a vida humana, dá origem à possibilidade de danos ainda maiores.

Contribuições: O Brasil foi palco de duas grandes tragédias ambientais que causaram danos imensuráveis, conforme considera Santos (2018). Ambos os acidentes estão ligados à prática de construção de barragens de minério pelo método mais econômico (a montante), embora não seja o mais recomendado, devido à sua baixa segurança. Tal fato não está alinhado com a legislação ambiental contemporânea, baseada na teoria do risco integral, visando garantir a máxima proteção possível ao ambiente. Nesse sentido, espera-se das empresas, privadas e públicas, um desenvolvimento sustentável. Por isso, a construção e operação destas barragens devem ser supervisionadas e autorizadas pelas autoridades públicas.

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Biografia do Autor

Alexandra Gomes dos Santos Matos, Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Salvador

Mestra e graduada em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). É professora efetiva de Língua Portuguesa, de Literatura Brasileira e de Direito Constitucional, na condição de Servidora Pública da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, bem como de docente do Colégio Santo Antônio de Jesus (Sistema COC de Ensino). Foi Diretora Executiva e Coordenadora do Curso de Letras da Faculdade Zacarias de Góes, dentre outras atividades relevantes em Direito Educacional. http://lattes.cnpq.br/2445659610515416

Leonardo Palloni Accetti Resende, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, IF Baiano - Campus Xique-xique

Mestre em Ecologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Doutor em Ecologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Trabalha como funcionário público efetivo da Rede Estadual de Educação da Bahia. http://lattes.cnpq.br/6529667394125331

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Publicado

2022-08-10

Como Citar

SANTOS MATOS, A. G. dos .; RESENDE, L. P. A. . Vozes de Mariana e Brumadinho: A História de Uma Dívida que Nenhuma Indenização Quita. Revista do CEJUR/TJSC: Prestação Jurisdicional, Florianópolis (SC), v. 10, n. 1, p. e0372, 2022. DOI: 10.37497/revistacejur.v10i1.372. Disponível em: https://revistadocejur.tjsc.jus.br/cejur/article/view/372. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Nacionais