O Direito Fundamental À Saúde: Judicialização E O Estado De Coisas Inconvencional Em Decorrência Da Não Regulamentação Do Ressarcimento Interfederativo
DOI:
https://doi.org/10.37497/revistacejur.v11i00.401Keywords:
Direito Internacional Dos Direitos Humanos, Direitos Fundamentais, Direito À Saúde, Judicialização, Ressarcimento Interfederativo, Inconvencionalidade Por OmissãoAbstract
ABSTRACT
This article addresses the topic of human and fundamental rights, specifically focusing on the right to health within the inter-American and domestic contexts. The overarching objective is to ascertain the conventionality of inter-federal reimbursement, which is not regulated by the Brazilian State. To this end, the specific aim is to provide a contextualization of the human right to health in the international legal landscape, guided by the American Convention on Human Rights, and conduct a more comprehensive analysis of this fundamental right in Brazil. In this regard, the hypothesis is posited that a significant increase in the judicialization of issues pertaining to the fundamental right to health over the past decade has resulted in the problem under consideration, namely the non-conventional state of affairs stemming from the lack of regulatory framework for reimbursing expenses arising from judicial decisions, wherein one level of government bears a financial burden that, in theory, should be borne by another. Finally, the research concludes that the Brazilian State's omission results in non-conventionality due to the violation of the American Convention on Human Rights, given the absence of legal regulation regarding these reimbursements. The research adopts the hypothetical-deductive method, supported by a bibliographic and documentary review of legal and conventional texts.
Keywords: international human rights law; fundamental rights; right to health; judicialization; inter-federal reimbursement; non-conventionality by omission.
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