Indicações Geograficas e Seus Impactos no Desenvolvimento Sustentavel

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37497/revistacejur.v11i00.408

Palavras-chave:

Indicação Geográfica, Desenvolvimento Sustentável, Denominação de Origem Protegida, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Estratégia Internacional

Resumo

Objetivo. Avaliar se a literatura específica aponta impactos positivos, neutros ou negativos das atividades geradas pelas Indicações Geográficas sobre o desenvolvimento sustentável.

Metodologia. A abordagem é qualitativa. Os dados foram coletados na base de dados Scopus e a amostra final é de 29 artigos. Utilizou-se a definição da Organização das Nações Unidas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como critério de avaliação dos possíveis impactos das Indicações Geográficas sobre a sustentabilidade. Os dados são analisados por análise de conteúdo.

Resultados. Mais da metade dos artigos mostram que as Indicações Geográficas impactam positivamente o desenvolvimento sustentável, enquanto cerca de 1/3 apontam impactos negativos. Contribuições para a literatura e prática gerencial são feitas ao final.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jane Mary Albinati Malaguti, Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), São Paulo

Doutoranda em Administração no Programa de Pós Graduação em Administração da Escola Superior de Propaganda e Marketing (PPGA/ESPM). Mestre em Gestão de Políticas Públicas e administração pública pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP; Mestre em Sanidade, Segurança alimentar e Ambiental pelo Instituto Biológico de São Paulo. Graduada em Médicina Veterinária pela Universidade Anhembi Morumbi e em processamento de dados pela UNIB. Especialista em empreendedorismo, dedica-se há 11 anos como Consultora de negócios e gestora de projetos do Sebrae nas área de empreendedorismo no agronegócios e no turismo, realiza consultorias em planejamento estratégico,marketing e gestão das MPEs - Micro e pequenas empresas. Vivência na implantação de projetos técnicos de Desenvolvimento Econômico Local, arranjos produtivos locais - APL, Turismo Rural e em ministrar cursos e oficinas sobre empreendedorismo, planejamento estratégico e marketing, planos de negócios.

Ilan Avrichir, Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), São Paulo

Professor e pesquisador do Programa de Pós-graduação em Administração no PPGA da ESPM e professor dos cursos de Graduação da mesma instituição. Doutor em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (2002). Mestre em Administração pela mesma instituição. Engenheiro de Produção pela Escola Politécnica pela Universidade de São Paulo. Leciona as disciplinas Teoria das Organizações, Revisões Sistemáticas de Literatura e Gestão Multicultural. É editor-chefe da InternexT, revista acadêmica o PPGA da ESPM, membro do Conselho Editoria da The Qualitative Report (TQR) e do Comitê Editorial da GV Casos. É assessor ad hoc da Fapesp e parecerista da European Business Review e da RAUSP. Seus interesses de pesquisa são a internacionalização de empresas, com ênfase em exportação e integração de empresas de economias emergentes em cadeias globais de valor.

Referências

Bardin, L. (2006). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Barrera, A. G. (2020). Geographical indications for UN sustainable development goals: Intellectual property, sustainable development and M&E systems. International Journal of intellectual Property Management, 10(2), 113-173.

Bava, L., Bacenetti, J., Gislon, G., Pellegrino, L., D’Incecco, P., Sandrucci, A., Zucali, M. (2018). Impact assessment of traditional food manufacturing: The case of grana padano cheese. Science of the Total Environment, 626, 1200-1209.

Belletti, G., Marescotti, A., & Touzard, J. M. (2017). Geographical indications, public goods, and sustainable development: The roles of actors’ strategies and public policies. World Development, 98, 45-57.

Belletti, G., Marescotti, A., Sanz-Cañada, J., & Vakoufaris, H. (2015). Linking protection of geographical indications to the environment: Evidence from the European Union olive-oil sector. Land Use Policy, 48, 94-106.

Bérard, L., & Marchenay, P. (2006). Local products and geographical indications: Taking account of local knowledge and biodiversity. International Social Science Journal, 58(187), 109-116.

Bowen, S. (2010). Embedding local places in global spaces: Geographical indications as a territorial development strategy. Rural Sociology, 75(2), 209-243.

Brasil. (1996). Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996. Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9279.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%209.279%2C%20DE%2014,obriga%C3%A7%C3%B5es%20relativos%20%C3%A0%20propriedade%20industrial.&text=Art.%201%C2%BA%20Esta%20Lei%20regula,obriga%C3%A7%C3%B5es%20relativos%20%C3%A0%20propriedade%20industrial.&text=V%20%2D%20repress%C3%A3o%20%C3%A0%20concorr%C3%AAncia%20desleal.>. Acesso em maio, 2021.

Chabrol, D., Mariani, M., & Sautier, D. (2017). Establishing geographical indications without state involvement? Learning from case studies in Central and West Africa. World Development, 98, 68-81.

Charrouf, Z., & Guillaume, D. (2018). The argan oil project: going from utopia to reality in 20 years. OCL, 25(2), D209.

Comissão Europeia. (2020). Valor económico dos regimes de qualidade da UE, das indicações geográficas e das especialidades tradicionais garantidas. Disponível em: <https://portugal.representation.ec.europa.eu/news/valor-economico-dos-regimes-de-qualidade-da-ue-das-indicacoes-geograficas-e-das-especialidades-2020-04-20_pt>. Acesso em maio, 2021.

Dalla Riva, A., Burek, J., Kim, D., Thoma, G., Cassandro, M., & De Marchi, M. (2018). The environmental analysis of asiago PDO cheese: A case study from farm gate-to-plantgate. Italian Journal of Animal Science, 17(1), 250-262.

DataSebrae. (2021). Indicações Geográficas Brasileiras: panorama das IGs brasileiras registradas. Disponível em: <https://datasebrae.com.br/panorama-das-igs-brasileiras/>. Acesso em maio, 2021.

Dede, D., Didaskalou, E., Bersimis, S., & Georgakellos, D. (2020). A statistical framework for assessing environmental performance of quality wine production. Sustainability (Switzerland), 12(24), 1-16.

Egea, P., & Pérez y Pérez, L. (2016). Sustainability and multifunctionality of Protected Designations of Origin of olive oil in Spain. Land Use Policy, 58, 264-275.

Elkington, J. (1998). Partnerships from cannibals with forks: The triple bottom line of 21st‐century business. Environmental Quality Management, 8(1), 37-51.

Falcone, G., Strano, A., Stillitano, T., De Luca, A. I., Iofrida, N., & Gulisano, G. (2015). Integrated sustainability appraisal of wine-growing management systems through LCA and LCC methodologies. Chemical Engineering Transactions, 44, 223-228.

Famiglietti, J., Guerci, M., Proserpio, C., Ravaglia, P., & Motta, M. (2019). Development and testing of the product environmental footprint milk tool: A comprehensive LCA tool for dairy products. Science of the Total Environment, 648, 1614-1626.

Flinzberger, L., Zinngrebe, Y., & Plieninger, T. (2020). Labelling in Mediterranean agroforestry landscapes: a Delphi study on relevant sustainability indicators. Sustainability Science, 15, 1369-1382.

Flores, M. (2006). A identidade cultural do território como base de estratégias de desenvolvimento–uma visão do estado da arte. Santiago, Chile: RIMISP.

Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO). (2009–2010). Linking People, Places and Products: A guide for promoting quality linked to geographical origin and sustainable geographical indications. SINER-GI project, 2nd ed. [online]. Disponível em: <http://www.fao.org/3/i1760e/i1760e.pdf>. Acesso em abril, 2021.

Gaur, A., & Kumar, M. (2018). A systematic approach to conducting review studies: An assessment of content analysis in 25 years of IB research. Journal of World Business, 53(2), 280-289.

Ghosh, P. (2016). Geographical indications: A corner stone in poverty alleviation and empowerment in the Indian Himalayan region. National Academy Science Letters, 39(4), 307-309.

González-García, S., Hospido, A., Moreira, M. T., Feijoo, G., & Arroja, L. (2013). Environmental life cycle assessment of a Galician cheese: San Simon da Costa. Journal of Cleaner Production, 52, 253-262.

Hoang, G., Le, H. T. T., Nguyen, A. H., & Dao, Q. M. T. (2020). The impact of geographical indications on sustainable rural development: A case study of the Vietnamese Cao Phong orange. Sustainability, 12(11), 4711.

Hossain, M. (2018). Frugal innovation: A review and research agenda. Journal of Cleaner Production, 182, 926-936.

Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). (2021). Guia Básico de Indicação Geográfica. Disponível em: <https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/indicacoes-geograficas/guia-basico>. Acesso em abril, 2021.

Kimura, J., & Rigolot, C. (2021). The potential of Geographical Indications (GI) to enhance sustainable development goals (SDGs) in Japan: Overview and insights from Japan GI Mishima potato. Sustainability (Switzerland), 13(2), 1-12.

Laurent, C., Hulin, S., Agabriel, C., Chassaing, C., Botreau, R., & Monteils, V. (2017). Co-construction of an assessment method of the environmental sustainability for cattle farms involved in a Protected Designation of Origin (PDO) cheese value chain, Cantal PDO. Ecological Indicators, 76, 357-365.

León-Bravo, V., Caniato, F., & Caridi, M. (2021). Sustainability assessment in the food supply chain: Study of a certified product in Italy. Production Planning and Control, 32(7), 567-584.

Mafra, L. A. S. (2008). Indicação geográfica e construção do mercado: a valorização da origem 20 no Cerrado Mineiro. Tese (Doutorado em Ciências). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/RJ. Rio de Janeiro, 2008.

Menozzi, D. (2014). Extra-virgin olive oil production sustainability in northern Italy: A preliminary study. British Food Journal, 116(12), 1942-1959.

Miles, M. B., Huberman, A. M., & Saldaña, J. (2018). Qualitative data analysis: A methods sourcebook. Sage publications.

Millet, M., Keast, V., Gonano, S., & Casabianca, F. (2020). Product qualification as a means of identifying sustainability pathways for place-based agri-food systems: The case of the GI Corsican Grapefruit (France). Sustainability, 12(17), 7148.

Nações Unidas Brasil. (2023). Objetivos de desenvolvimento sustentável. Disponível em: <https://brasil.un.org/pt-br/sdgs>. Acesso em agosto, 2023.

North, D. (1997). Institutions, institutional changes and the functioning of the economy. M.: Nachala.

Nuary, R. B., Sukartiko, A. C., & Machfoedz, M. M. (2019, November). Towards sustainable Salak Pondoh Sleman (Salacca edulis cv Reinw) farming system: a socio-economic perspective. In IOP Conference Series: Earth and Environmental Science (Vol. 355, No. 1, p. 012030). IOP Publishing.

Organization for an International Geographical Indications Network (OriGIn). (2019). In See the presentation origin the Global Alliance of GIs. Disponível em: <https://www.origin-gi.com/about-us/background.html>. Acesso em maio, 2021.

Pisoni, A., Michelini, L., & Martignoni, G. (2018). Frugal approach to innovation: State of the art and future perspectives. Journal of Cleaner Production, 171, 107-126.

Ramos, C. D. M. (2015). Desenvolvimento territorial sustentável e indicações geográficas: a sustentabilidade ambiental do território dos Vales da Uva Goethe-SC. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/169351>. Acesso em abril, 2021.

Sachs, I. (2004). Desenvolvimento: includente, sustentável, sustentado. In Desenvolvimento: includente, sustentável, sustentado (pp. 151-151).

Samper, L. F., & Quiñones-Ruiz, X. F. (2017). Towards a balanced sustainability vision for the coffee industry. Resources, 6(2), 17.

Sanz Cañada, J., & Macías Vázquez, A. (2005). Quality certification, institutions and innovation in local agro-food systems: Protected Designations of Origin of olive oil in Spain. Journal of Rural Studies, 21(4), 475-486.

Scott, R. W. (2014). Institutions and Organizations: ideas, interests, and identitites. CA: Sage.

Sinisterra-Solís, N. K., Sanjuán, N., Estruch, V., & Clemente, G. (2020). Assessing the environmental impact of Spanish vineyards in Utiel-Requena PDO: The influence of farm management and on-field emission modelling. Journal of Environmental Management, 262, 110325.V

Strauss, A. L. (1987). Qualitative analysis for social scientists. Cambridge university press.

Suh, J., & MacPherson, A. (2007). The impact of geographical indication on the revitalisation of a regional economy: a case study of ‘Boseong’green tea. Area, 39(4), 518-527.

United Nations (UN). (1987). Report of the world commission on environment and development: Our common future. UN Documents. Disponível em: <https://sustainabledevelopment.un.org/content/documents/5987our-common-future.pdf>. Acesso em maio, 2021. p. 39.

United Nations (UN). (2015). Transforming Our World: The 2030 Agenda for Sustainable Development. Department of Economic and Social Affairs: Social Inclusion. Disponível em: <https://www.un.org/development/desa/dspd/2015/08/transforming-our-world-the-2030-agenda-for-sustainable-development/>. Acesso em maio, 2021.

Vakoufaris, H. (2010). The impact of Ladotyri Mytilinis PDO cheese on the rural development of Lesvos Island, Greece. Local Environment, 15(1), 27-41.

Vandecandelaere, E., Teyssier, C., Barjolle, D., Jeanneaux, P., Fournier, S., & Beucherie, O. (2018). Strengthening sustainable food systems through geographical indications: an analysis of economic impacts. European Bank for Reconstruction and Development (EBRD). Disponível em: <http://www.fao.org/3/I8737EN/i8737en.pdf>. Acesso em maio, 2021.

Vecchio, Y., Iddrisu, A. L., Adinolfi, F., & De Rosa, M. (2020). Geographical Indication to build up resilient rural economies: A case study from Ghana. Sustainability, 12(5), 2052.

Wang, J., Xue, Y., Wang, P., Chen, J., & Yao, L. (2021). Participation mode and production efficiency enhancement mechanism of Geographical Indication products in rural areas: A meta-frontier analysis. Physics and Chemistry of the Earth, Parts A/B/C, 121, 102982.

Downloads

Publicado

2023-12-12

Como Citar

MALAGUTI, J. M. A. .; AVRICHIR, I. . Indicações Geograficas e Seus Impactos no Desenvolvimento Sustentavel . Revista do CEJUR/TJSC: Prestação Jurisdicional, Florianópolis (SC), v. 11, n. 00, p. e0408, 2023. DOI: 10.37497/revistacejur.v11i00.408. Disponível em: https://revistadocejur.tjsc.jus.br/cejur/article/view/408. Acesso em: 2 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Nacionais