METODOLOGIA JURÍDICA DA SENTENÇA CÍVEL

Autores

  • Fabrício Wloch

DOI:

https://doi.org/10.37497/revistacejur.v5i1.210

Palavras-chave:

Estado. Sentença. Justiça. Metodologia. Lógica.

Resumo

O artigo científico parte de um contexto atual, no qual a grande quantidade de ações judiciais aforadas exige resposta cada vez mais rápida dos tribunais, por conta da maior cobrança da sociedade e dos órgãos de fiscalização e de controle do Judiciário. Apesar do aprimoramento constante dos operadores jurídicos, o que se constata é o problema da diminuição da qualidade das sentenças prolatadas em decorrência do produtivismo. Parte-se da hipótese de que a qualidade da sentença judicial é diretamente proporcional ao seu alcance e compreensão por todas as camadas da sociedade. Propõe-se com este artigo ultrapassar um mínimo que seja a fronteira do conhecimento e fazer avançar a sociedade destacando o alto impacto de alguns elementos metodológicos necessários a quem pretende elaborar uma sentença judicial cível de qualidade e com rigor científico. Isso porque a sentença judicial, como produto jurídico, merece tratamento científico, o que justifica o cuidado de se utilizar métodos e técnicas adequadas à sua feitura. No que se refere à metodologia, o trabalho concentrou-se na área de Constitucionalismo, Transnacionalidade e Produção do Direito. Foi desenvolvido sob o método indutivo e cartesiano e foi operacionalizado com as técnicas do referente, da categoria e do conceito operacional mediante pesquisa bibliográfica e documental. O resultado alcançado foi a firmação de que a sentença judicial cível merece uma adequada percepção da metodologia científica para sua elaboração e que a qualidade dos atos judiciais é diretamente proporcional ao melhor entendimento da sentença, o que exige aprumo metodológico para confecção desta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BITTAR, Eduardo Carlos Bianca. Metodologia da pesquisa jurídica. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

BOBBIO, Norberto. Estado governo e sociedade. Trad. Marco Aurélio Nogueira. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial n. 886.509–PR (2006/0152369-20). Relator Ministro Luiz Fux, Órgão Julgador Primeira Turma, Data do Julgamento 2-12-2008, Data da Publicação/Fonte DJe 11-12-2008.

BUENO, Cassio Scarpinella. Curso sistematizado de direito processual civil: teoria geral do Direito processual civil. São Paulo: Saraiva, 2007. v.1.

CAETANO, Marcello. Manual de ciência política e direito constitucional. 4. ed. Lisboa: Coimbra,1963.

CÂMARA, Alexandre de Freitas. O novo processo civil brasileiro. São Paulo: Atlas, 2015.

COELHO, Fábio Ulhoa. Para entender Kelsen. São Paulo: Max Limonad, 1995.

CRUZ, Paulo Márcio Cruz. Política, poder, ideologia e estado contemporâneo. Florianópolis: Diploma Legal, 2001.

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do estado. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

DAMÁSIO, António R. O Erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

DESCARTES, René. Discurso do método. Trad. Maria Ermantina Galvão G. Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

DINIZ, Maria Helena. A ciência jurídica. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1996.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 26. ed. Tradução de Gilson Cesar Cardoso de Souza. São Paulo: Perspectiva, 2016. Título original: Como si fa uma tesi di laurea.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da língua portuguesa. 5.ed. Curitiba: Positivo, 2010.

FEZTNER, Néli Luiza Cavalieri. Argumentação jurídica: teoria e prática. Rio de Janeiro: Maria Augusta Delgado, 2006.

GREENE, Robert. Maestria. Tradução de Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Sextante, 2013.

GRILLO, Vera de Araújo. A separação dos poderes no Brasil: Legislativo versus Executivo. Blumenau/Itajaí: Edifurb e Univali, 2000.

KELSEN, Hans. O que é justiça: a justiça, o direito e política no espelho da ciência. 3. ed. Tradução de Luís Carlos Borges e Vera Barkow. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

______ . Teoria pura do direito. Tradução de João Baptista Machado. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica. 16. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1997.

LEITE, Eduardo de Oliveira. A monografia jurídica. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000.

MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 20. ed. São Paulo: Malheiros, 2002.

MAIA, Newton Freire. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.

MARINONI, Luiz Guilherme et al. Novo código de processo civil comentado. São Paulo: RT, 2015.

MARQUES, José Frederico. Ensaios sobre a jurisdição voluntária. Campinas: Millenium, 2000.

MERINO, José Antonio. História de la filosofia medieval. Madrid: Biblioteca de autores Cristianos, 2001.

MIRANDA, Jorge. Teoria do estado e da constituição. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009.

MORTARI, Cezar A. Introdução à lógica. São Paulo: Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 2001.

NASCIMENTO, Edmundo Dantès. Lógica aplicada à advocacia: técnica de persuasão. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2008.

PASOLD, Cesar Luiz. Função social do estado contemporâneo. 3. ed. Florianópolis: OAB-SC/coedição Diploma Legal, 2003.

______ . Metodologia da pesquisa jurídica: teoria e prática. 13. ed. rev. atual. e ampl. Florianópolis: Conceito Editorial, 2015.

PATRIQUIN, Travis. O Princípio da Navalha de Occam para Vincular Fatos. Military Review. Exército dos EUA, maio/jun. 2007. Disponível em:http://usacac.army.mil/CAC2/MilitaryReview/Archives/oldsite/portuguese/MayJun07/patriquin.pdf. Acesso em: 22 jan. 2016.

RAWLS, John. Uma teoria da justiça. Trad. Almiro Pisetta et al. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

STRECK, Lênio Luiz. Hermenêutica jurídica e(m) crise: uma exploração hermenêutica da construção do direito. 7. ed. rev. atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.

TONIAZZO, Paulo Roberto Froes. Técnica de elaboração de sentença cível: parágrafo por parágrafo. Florianópolis: Conceito Editorial, 2014.

Downloads

Publicado

2017-11-29

Como Citar

WLOCH, F. METODOLOGIA JURÍDICA DA SENTENÇA CÍVEL. Revista do CEJUR/TJSC: Prestação Jurisdicional, Florianópolis (SC), v. 5, n. 1, p. 11–34, 2017. DOI: 10.37497/revistacejur.v5i1.210. Disponível em: https://revistadocejur.tjsc.jus.br/cejur/article/view/210. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Nacionais